Baseado na mais famosa obra de Lima Barreto, “triste fim de Policarpo Quaresma”, publicado inicialmente em folhetins do jornal do commercio, entre agosto e outubro de 1911. O livro foca fatos políticos e históricos ocorridos durante o governo Floriano Peixoto (1891 – 1894), o romance é considerado pré-modernista, uma vez que trata de temas que mais tarde seriam explorados pelos escritores da semana de 22, como o questionamento sobre o nacionalismo ufanista e a necessidade de olhar para o país com olhos críticos. Alem disso, Lima Barreto preocupa-se em retratar o cotidiano das classes mais baixas da população e as tensões sofridas pela vida nacional.
O filme Policarpo Quaresma-herói do Brasil conta a história do major Quaresma e sua luta ingênua e inglória para salvar o Brasil. Nacionalista ao extremo, alimenta-se apenas de comidas brasileiras e pesquisa usos e costumes dos índios. É ridicularizado publicamente ao propor a adoção do tupi-guarani como língua oficial do país. Torna-se agricultor, mas com o início da revolta da armada, em 1893, decide alistar-se entre os voluntários defensores do regime de Floriano Peixoto. O governo sai vitorioso e presidente inicia uma violenta perseguição aos derrotados. Indignado, Quaresma lhe escreve uma carta, pedindo o fim do terrorismo de Estado. Em resposta, é preso e condenado à morte por fuzilamento. Na cadeia, antes de sua morte, ele percebe que sua pátria era uma ilusão e jamais existira.